Vivemos numa época de estímulo ao empoderamento, assumir quem somos, dar valor ao que importa, etc, e de fato cada vez mais pessoas têm assumido sua identidade, estilo, sexualidade, se expressado, mas estamos realmente prontos pra toda essa desconstrução?
Nossa sociedade é permeada por padrões normativos que vêm de longa data, o que foge disso é considerado não só como anormal, mas também como ruim, muitas vezes, então como pregar a desconstrução, o empoderamento, a quebra de tabus, a expressividade e ao mesmo tempo julgar as pessoas que resolvem se libertar desses padrões?
Precisamos nos aceitar, nos orgulhar e nos assumir como somos, sem julgamentos, parâmetros e com muito respeito! Dia desses ouvi “Você já foi mais normal”, mas o que é ser normal? Quem instituiu esse padrão de normalidade? Baseado em que? Atendendo aos interesses de quem? E porque o que foge dele é visto como ruim? Porque eu tenho que ser “normal”? Porque te incomoda que alguém seja “diferente”?
Quando praticamos pensar com respeito no outro todas as coisas se tornam “normais”. Leva tempo, requer atenção, questionamento, racionalização. “Porque eu tô pensando isso dessa pessoa? Porque estou julgando ela por ser diferente de mim ou do que penso? Porque cada um não pode ser exatamente o que é e sem essa cobrança desnecessária? O que eu quero/penso precisa ser universal?”. Precisamos nos livrar desses rótulos, somos seres únicos e singulares, cheios de particularidades, qualidades e defeitos que juntos formam quem somos. Vamos nos amar e respeitar o próximo? Ser normal é ser você!
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